A resposta para o título deste texto
é o assunto que pretendo abordar. Dependerá, portanto, de pontos de vista. No
entanto, daqui a dois anos, ocorrerá o pleito para prefeito e vereadores, mas
isso não significa dizer que, só se deve dar atenção a política daqui a dois
anos.
No Brasil, país democrático, ocorrem
eleições para vereadores, deputados, prefeitos, governadores, senadores e para
presidente. O cidadão brasileiro tem o direito de eleger quem ele, livremente
optar, para governar sua cidade, seu estado e seu país. Cabe também ao cidadão, acompanhar se o seu
candidato eleito, realizou as promessas que, outrora fez em época de campanha.
Escreve o Papa Francisco, na
Evangelii Gaudium, 205: “Peço a Deus que cresça o número de políticos capazes de
entrar num autêntico diálogo que vise efetivamente sanar as raízes profundas e
não a aparência dos males do nosso mundo. A política, tão denegrida, é uma
sublime vocação, é uma das formas mais preciosas da caridade, porque busca o
bem comum. Rezo ao Senhor para que nos conceda mais políticos, que tenham
verdadeiramente a peito a sociedade, o povo, a vida dos pobres. É indispensável
que os governantes e o poder financeiro levantem o olhar e alarguem as suas
perspectivas, procurando que haja trabalho digno, instrução e cuidados
sanitários para todos os cidadãos”.
Que a política tem se tornado
denegrida é do conhecimento geral, porém, é de se considerar que existem homens
e mulheres, realmente comprometidos com a honestidade, com a seriedade, e em
servir a sociedade. Assim sendo, nem tudo está perdido. Existem os bons
políticos, que honram a confiança que recebem do povo. Pode-se observar na
Exortação do Papa Francisco, sua preocupação com este aspecto da política.
Não obstante, daqui a dois anos, os
noticiários voltarão a tratar diariamente, sobre as campanhas dos candidatos,
dos acordos que serão feitos, dos possíveis nomes preliminares. O pleito de
2016 será para eleger os vereadores e prefeitos, portanto eleições regionais.
Caberá ao cidadão, julgar o mandato dos que já tem o poder e conhecer a
história de outros possíveis nomes, para fazer uma escolha consciente e votar
em quem acredita ser capaz de fazer um bom mandato.
Recentemente, na semana da pátria
deste ano, foi realizado o Plebiscito Constituinte, em que as pessoas, se
posicionavam sendo a favor ou contra a Reforma Política. Esse Plebiscito foi
feito com a intenção de ser executada uma Constituinte, dizendo com todas as
letras, Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. A receptividade
desse Plebiscito pode ser considerada expressiva, ao ser considerado os 7
milhões e 500 mil votos. Antes de falar no que é de fato essa Constituinte, é
preciso entender a lógica do atual sistema político. De dois em dois anos, assistimos
candidatos serem eleitos, os que são eleitos têm um gasto muito maior do que os
que não são. Outro fator repetitivo é o financiamento das campanhas, feito por
empresas privadas, que depois querem obter alguma vantagem.
Detenhamo-nos agora, em como está composto
o Congresso Nacional. É um Congresso de deputados e senadores que são minoria
em relação a população brasileira. A maioria deles são fazendeiros e
empresários, no entanto, a população brasileira na sua maioria é composta de
trabalhadores. A participação das mulheres ainda é pequena, sendo apenas 9%, em
contrapartida as mulheres são mais da metade da população brasileira, menos de
3% são jovens, sendo que os jovens de (16 a 35 anos) são 40% do eleitorado.
Analisando os dados acima, é possível
chegar a conclusão de que o Congresso, representa pouco os brasileiros, assim
sendo, será que resolverão os problemas que foram levados as ruas pelos jovens
em 2013? Dessa forma, o Plebiscito Popular já citado, quer conseguir uma
Assembleia Constituinte, que terá poder para mudar o sistema político do
Brasil. Assim, com essa renovação política, quiçá será possível alcançar as
transformações desejadas de tantos problemas sociais.
Felipe
Augusto Ferreira Feijão
Estudante
de Filosofia (UECE)
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