Depois de mais de 20 horas
de luta, argumentação, justificativas e fundamentação, o senado aprova, (de 50
votos contra 22) o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Discussão
acalorada e falaciosa, porém mais decente do que o que vimos, no dia 17 de maio
do presente ano, na assembleia legislativa dos deputados estaduais.
Agora com a posse do poder
presidencial, durante os próximos 180 dias, pelo recente presidente Michel
Temer, envolvido em corrupção no seu histórico político (na operação Castelo de
Areia em 2009, no repasse de verbas para sua candidatura e ser acusado de
envolvimento na lava-jato), o nosso País continua tendo grandes desafios.
Nosso primeiro desafio,
urgente, é retirar os “fichas-sujas” do nosso sistema governamental (será que
sobrará alguém?!), pois não só Michel Temer, mas também uma parcela razoável dos
membros de seu partido além de outros, estão na mesma situação. Custa saber
quem terá a coragem de levar a frente o Impeachment do recém-presidente, pois
até agora as discussões são partidárias e interesseiras.
Nosso segundo desafio,
doloroso, é equilibrar a crise econômica que perpassa, primeiramente, nas
grandes empresas, instituições econômicas (Bancos, Agronegócio, etc) e, por
fim, deságua na classe C, com o desemprego. Se o prejuízo econômico aconteceu
em razoável grau, fazendo com que os “Bancos” pagassem, em um primeiro momento,
do seu próprio bolso a verba para obras sociais (Bolsa-Família, Minha casa e
minha vida), dentre outras, isso não esteve a quem da situação cotidiana da
maioria do povo trabalhador brasileiro, que tem que tocar a vida diariamente com
½, 1 ou 2 salários mínimos.
O prejuízo econômico terá
que se ressarcido. Mas não será de outro bolso a não ser o bolso do povo
trabalhador brasileiro. Isso acontecerá com a permanência de um baixo salário
(como temos), um aumento de imposto de renda (que já estamos sofrendo) e uma
maior oferta de emprego, de onde se deve tirar o capital. Outro meio de equilibrar
a economia será os cortes em alguns investimentos públicos ou de
assistencialidade social (os pentes finos), que inevitavelmente acontecerá. Por
outro lado teremos mais investimentos no setor privado e outras áreas serão
privatizadas, para alegria de alguns setores privados e o maior gasto do povo. Portanto
a eliminação da corrupção em todo o sistema político governamental precisa ser
a luta do povo. Mas a guinada para a evolução econômica recairá no trabalho
humano. Isso será, como sempre, a custo da exploração da população trabalhadora.
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