sexta-feira, 27 de março de 2015

Na minha vida, uma das coisas especiais e encantadoras que encontrei, mais nas mulheres do que nos homens, foi ..

Na minha vida, uma das coisas especiais e encantadoras que encontrei, mais forte nas mulheres do que nos homens, foi a sensibilidade. Ser sensível é estar aberto à experiência e sentir as coisas em sua profundidade. É ver com os olhos do coração. Normalmente as pessoas mais sensíveis são as mais afetadas pelas diversas situações e muitas vezes são as que mais sofrem, pois a sensibilidade é uma via de mão dupla. Você tanto pode sentir amor e alegria, assim como dor e tristeza, raiva e ódio. Mas nesse mar de ondas que nos afeta, a sensibilidade boa me fascina. E nas mulheres percebi isso mais visível.

As Pessoas sensíveis percebem mais facilmente as coisas e podem descobrir mais rapidamente o caminho melhor para viver. Acredito que não é a toa que normalmente as mulheres amadurecem mais rápido do que os homens, pois elas exploram mais esse lado do que nós, homens. É belo descobri que se conduzir pelo coração, é fazer um percurso de vida mais proveitoso do que se conduzir exclusivamente por um pensamento, por uma ideia. Conduzir-se pelo coração é partir de dentro, daquilo que nos toca e alimenta o profundo de nossa existência e nos preenche.

Não se trata somente de uma pessoa especial, ou de minha família, pois se não estaremos limitando nossa existência, nossa vida, nossos sentidos. É algo maior e mais profundo que abarca tudo. Quando estamos abertos aos sentidos e sentimos a nossa vida e tudo o que faz parte dela, que está ao nosso redor, então acontece uma coisa extraordinária: nos sentimos plenos. Eu, o outro, minha família, a comunidade humana, os seres vivos, vegetais e animais, o universo. Tudo isso em uma palavra mais profunda e plena: Deus. Depois de sentimos, de entrarmos no profundo do nossa existência, ou até mesmo no momento dessa experiência bela, acontece algo fabuloso tão quanto sentir a plenitude: ver o mundo com um novo olhar, novo sentido.

O sentido que vem da plenitude. Assim é o mais belo movimento de nossa alma: sentir e dar sentido.  Quem faz esse percurso está mais disponível para mudar. É como a experiência do amor. Só somos tocados porque estamos abertos aos sentidos e ao outro, quando isso acontece, eu e o outro não somos mais os mesmos. Fomos afetados e com a experiência do amor, tudo se torna novo e belo, por isso Deus é tão belo, pois Deus é amor. Assim, a experiência do amor nos muda. Quem não mudou é porque ainda não passou por isso de fato. E está perdendo a beleza da vida, pois a própria vida é um ato de amor de Deus por nós e quando sentimos isso, tudo ganha um novo significado: de plenitude, de beleza. Maria viveu isso de um modo magnífico e esplêndido.

A experiência com Deus foi uma experiência profunda com o Amor. Isso aconteceu porque, assim como toda mulher, Maria tinha uma sensibilidade profunda. Não só do corpo, mas da alma. Ela estava aberta e sentia a plenitude em sua existência, sentia o Amor de Deus. Era tocada e se transformava em vista dessa experiência. Essa sensibilidade ajudou Maria a encontrar a sua plenitude. Por isso Maria foi agradável aos olhos de Deus, pois estava aberta para acolhê-Lo. E assim aconteceu: O filho de Deus habitou seu seio e assumiu a forma humana. Quem ama quer estar unido ao outro e se necessário, se rebaixa para estar com o outro. Assim Deus fez por amor a nós: se rebaixou da condição divina para ser humano como nós, na pessoa de Jesus, para ser um conosco. E Maria sentiu isso e percebeu o sentido de tudo isso em seu coração. Por meio dessa sensibilidade em Maria, tudo ganhou um novo sentido. Tudo fazia parte à plenitude de Deus. Tudo era sagrado. E tudo possuía sua dignidade e valor, pois a experiência com Deus fez Maria ver com um novo olhar: o olhar de Deus. Tudo: seu marido José, seu filho e filho de Deus Jesus, as pessoas, a natureza, o universo, eram provado em sua existência plena e sua profundidade e em sua dignidade. Que Maria no ajude a sermos sensíveis ao projeto de Deus que tanto amou o homem que entregou sua vida por nós.

                                                                                                                            

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