quinta-feira, 12 de maio de 2016

Impeachment e dois desafios: evolução à custa do povo.


Depois de mais de 20 horas de luta, argumentação, justificativas e fundamentação, o senado aprova, (de 50 votos contra 22) o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Discussão acalorada e falaciosa, porém mais decente do que o que vimos, no dia 17 de maio do presente ano, na assembleia legislativa dos deputados estaduais.
Agora com a posse do poder presidencial, durante os próximos 180 dias, pelo recente presidente Michel Temer, envolvido em corrupção no seu histórico político (na operação Castelo de Areia em 2009, no repasse de verbas para sua candidatura e ser acusado de envolvimento na lava-jato), o nosso País continua tendo grandes desafios.
Nosso primeiro desafio, urgente, é retirar os “fichas-sujas” do nosso sistema governamental (será que sobrará alguém?!), pois não só Michel Temer, mas também uma parcela razoável dos membros de seu partido além de outros, estão na mesma situação. Custa saber quem terá a coragem de levar a frente o Impeachment do recém-presidente, pois até agora as discussões são partidárias e interesseiras.
Nosso segundo desafio, doloroso, é equilibrar a crise econômica que perpassa, primeiramente, nas grandes empresas, instituições econômicas (Bancos, Agronegócio, etc) e, por fim, deságua na classe C, com o desemprego. Se o prejuízo econômico aconteceu em razoável grau, fazendo com que os “Bancos” pagassem, em um primeiro momento, do seu próprio bolso a verba para obras sociais (Bolsa-Família, Minha casa e minha vida), dentre outras, isso não esteve a quem da situação cotidiana da maioria do povo trabalhador brasileiro, que tem que tocar a vida diariamente com ½, 1 ou 2 salários mínimos.

O prejuízo econômico terá que se ressarcido. Mas não será de outro bolso a não ser o bolso do povo trabalhador brasileiro. Isso acontecerá com a permanência de um baixo salário (como temos), um aumento de imposto de renda (que já estamos sofrendo) e uma maior oferta de emprego, de onde se deve tirar o capital. Outro meio de equilibrar a economia será os cortes em alguns investimentos públicos ou de assistencialidade social (os pentes finos), que inevitavelmente acontecerá. Por outro lado teremos mais investimentos no setor privado e outras áreas serão privatizadas, para alegria de alguns setores privados e o maior gasto do povo. Portanto a eliminação da corrupção em todo o sistema político governamental precisa ser a luta do povo. Mas a guinada para a evolução econômica recairá no trabalho humano. Isso será, como sempre, a custo da exploração da população trabalhadora.  

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